O Natal e Jesus 1 O Natal e Jesus

29, nov, 2019 | Uncategorized

O Natal e Jesus

O Natal e Jesus

Igreja Presbiteriana do Boqueirão

“Principais informações bíblicas a respeito de uma cronologia aproximada do nascimento do Senhor Jesus”

– Maria desposada (semelhante estar noiva; sentido de compromisso assumido) com José – Mt 1:18.
– Maria era virgem e engravidou por meio sobrenatural- Mt 1: 18.
– Moravam em Nazaré da Galiléia – Lc 1: 26.
– Anuncio do anjo – Lc 1: 28 – 38. – José não aceitou – Mt 1: 19.
– Anjo, em sonho, explica para José e ele obedece – Mt 1: 20.
– Maria foi apressadamente visitar Isabel à região montanhosa. Uma cidade de Judá -Lc 1: 39.
– Permaneceu três meses com Isabel – Lc 1: 56.
– Decreto de César Augusto para a população de o império recensear-se – Lc 2: 1.
– José saiu de Nazaré (na Galiléia) para ir a Belém, cidade da Judéia – Lc 2: 4.
– Na manjedoura porque não havia lugar para eles na hospedaria – Lc 2: 7.
– Nasceu em Belém da Judéia – Mt 2: 1.
– Jesus: forma grega de hebraico Josué, que significa “O Senhor – Jeová – é a Salvação – Mt 1: 21.
– Viveram como um casal normal – Mt 1: 25. 
– A data do nascimento de Jesus é desconhecida, sendo mais provável que tenha sido na primavera (maio e junho).
– Recebem visita: pastores, avisados pelo anjo – Lc 2: 15 e 16.
– No sétimo dia foi circuncidado – Lc 2: 21.
– Depois foi levado ao templo para ser apresentado – Lc 2: 22 – 24 (rolas ou dois pombinhos). Local do cântico de Simeão e palavras de Ana.
– Recebem visitas: Magos do oriente – Mt 2: 1 e 2
– Rei Herodes: “O Grande”. Cruel; bárbaro. Reinou entre 37 a. C. e 4 a. C.
– Herodes queria saber onde estava o menino – Mt 2: 4-6; fala para os magos retornarem para que ele mesmo fosse adorá-lo.
– Encontraram Jesus em uma casa – Mt 2: 11.
– Presentes: ouro simbolizando a realeza; incenso simbolizando a divindade; mirra simbolizando o sacrifício – Mt 2:11.
– Depois do sonho como revelação foram avisados para não voltarem – Mt 2: 12
– Herodes mandou matar todos os meninos de dois anos para baixo – de Belém e seus arredores – Mt 2: 16 – 18.
– A família viajou para o Egito – Mt 2: 13
– Permaneceram até Herodes morrer e para cumprir a profecia – Mt 2: 1 – 15.
– O anjo avisa (sonho): Herodes morreu; a família retornou para Israel – Mt 2: 19 – 21).
– No lugar de Herodes reinou o filho Arquelau na Judéia. Então, foram para a Galiléia, em Nazaré – Mt 2: 22 e 23; Lc 2: 39.
– O menino crescia- Lc 2: 40.

“Magos que visitaram Jesus”

É comum ouvirmos que “três Reis” visitaram o menino Jesus. Entretanto, o Texto Sagrado usa a expressão MAGOS (magoi: “Mago, um homem sábio ou astrólogo1”; Mt. 2: 1-12). O professor de hermenêutica Pastor Salvador Moisés da Fonseca, diz que esses homens eram pessoas muito renomadas, poderiam ser astrônomos, matemáticos, químicos e religiosos. Também, informa que no século VIII, os supostos três Reis receberam os seguintes nomes: Aliatar, Anason e Quissade. A partir do século XII, os três Reis, foram chamados de Gaspar, Belchior e Baltazar². Ouro: Simbolizando a realeza. O ouro foi prescrito para ser usado nos móveis mais importantes do tabernáculo de Moisés e do Templo de Salomão. Incenso: Simbolizando a divindade. Refere-se tanto a substância usada para queimar como ao odor aromático que é assim produzido. É usado nas escrituras como símbolo da oração. Mirra: Simbolizando o sacrifício. A goma goteja do arbusto no chão, onde endurece para formar uma resina oleosa de cor marrom-amarela. A mirra era um ingrediente do óleo da santa unção. Era muito procurada por causa de suas qualidades aromáticas, e era uma das substâncias empregadas nos ritos de purificação das mulheres, como também na preparação de cosméticos. Mirra foi um dos presentes ofertados ao infante Jesus, trazida pelos magos; formou parte de um estupefaciente (conduz a um estado de privação; podendo levar à toxicomania) que lhe foi oferecido no Calvário, e foi uma das especiarias usadas por ocasião de Seu sepultamento. Além do simbolismo, é claro que eram presentes valiosos, ofertados para aquele que era reconhecido, no mínimo, como futuro Rei de Israel.

Outras informações a respeito do Natal

1- Não sabemos a data exata do nascimento de Jesus:

Muitos países celebram o nascimento de Cristo no dia 25 de dezembro, oficializado pelo Imperador Justiniano (530 d.C.), sendo que já era celebrado anteriormente de forma informal. A intenção era substituir a celebração pagã por uma celebração cristã, ou seja, comemorar o nascimento de Jesus e não do Sol invicto ou Mitra – o deus da luz, como faziam os pagãos³. Entretanto, não há registro exato da data, sendo mais provável nos meses de maio, junho ou outubro já que na época de dezembro era muito difícil o pastoreio nos campos da Judéia, devido ao forte frio. Mesmo não sabendo com certeza a data do nascimento do Salvador, podemos cultivar essa tradição, com o objetivo de aproveitar a época para evangelizar, anunciando o verdadeiro sentido do nascimento do Messias. 

2- Contagem do Calendário Cristão

Em 526 d.C., a pedido do imperador Justiniano, o monge Dionízio Exíguo, elaborou um calendário computando o tempo a partir do nascimento de Cristo, em substituição do calendário Romano. Entretanto, ele cometeu um engano em colocar o nascimento de Cristo no ano 753 (Da fundação de Roma), quando deveria datar em 7495. Com isso, nosso calendário está atrasado aproximadamente em 4 ou 5 anos.

3- Manjedoura:

Que José e Maria eram pobres não temos dúvidas, pois a oferta de “um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc. 2: 24; Lv. 5: 7) confirma tal tese. Porém, o texto de Lc. 2: 7 nos indica que Jesus nasceu em uma manjedoura, não porque era totalmente pobre e sem condições de estar em uma casa, e sim, devido a falta de lugar na hospedaria, pois muitas famílias estavam transitando para cumprir o decreto de César Augusto, que convocava todos ao recenseamento (Lc. 2: 1). A manjedoura era o cocho para animais em uma estrebaria ou estábulo, sendo que na época do nascimento de Jesus o estábulo ou estrebaria era uma extensão da casa do proprietário, e estava dotado de uma manjedoura. Também, poderia ter sido escavada nas paredes rochosas.

4- Árvore de Natal

Possivelmente sua origem está nos costumes da “árvore do paraíso”, usada em lares e igrejas na época do Natal, na Europa do século XI. Era a representação da “arvore da vida” plantada no meio do Éden, no começo dos tempos (Gn 2:9) e encontrada no centro da Nova Jerusalém, na consumação dos séculos (Ap 22). Pode ser observada em vários países, decorada de forma diferente, mas sempre traz a nossa lembrança o natal, simbolizando a vida que procede de Jesus. Muitos historiadores informam que o Reformador Martinho Lutero e família já usavam árvore na época natalina.

5- Papai Noel:

Infelizmente se tornou um ídolo moderno. O Papai Noel não é um símbolo cristão do Natal. Hoje, pelo menos, ele é um símbolo dos shoppings ou do comércio em geral que capitaliza com seu imaginário. Existe com frequência um apelo moral à criança. Criança bem-comportada recebe presente! Com isso a figura do Papai Noel é substituída pela essência da mensagem natalina que é o nascimento de Jesus, a “chegada” de Cristo ao mundo. Na Ásia Menor, por volta do século IV, um jovem chamado Nicolau, depois de receber uma grande herança e distribuir aos pobres, dedicou-se a vida religiosa, chegando a ser bispo. Esse é considerado santo, sendo celebrado no dia 6 de dezembro, data da sua morte. O cartunista americano Thomas Nast, em 1866, foi quem imortalizou a figura de Papai Noel. No Brasil recebeu várias influências, a começar pelo nome: Noel – do francês “noel”, que significa “Natal”, sendo assim considerado “Papai do Natal”. A palavra Natal originase do latim “natale”, relativo ao nascimento; onde ocorreu o nascimento: terra natal; dia em que se comemora o nascimento de Cristo. Jesus, através de palavras, atos, exemplos e sacrifício continua gerando esperança nos seres humanos. Aqueles que sabem celebrar o natal sem perder o verdadeiro significado do mesmo, como também, praticar os ensinamentos do “Aniversariante”, com certeza, podem dizer convictos, como o anjo: “É que hoje vos nasceu (…) o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc. 2: 11).

Fontes:

1 F. Wibur Gingrich e Frederick W. Danker, Léxico do N. T. Grego/Português, p. 128.

2 Salvador M. da Fonseca, O Natal e Sua Celebração: História e Simbologia, pp. 7 e 8.

3 Salvador M. da Fonsêca, O Natal e Sua Celebração: História e Simbologia, p. 10.

4 Bíblia Vida Nova, p. 72.

5 H. H. Halley, Manual Bíblico, p. 433.

6 O Novo Dicionário da Bíblia, p. 992.

7 Salvador M. da Fonsêca, O Natal e Sua Celebração: História e Simbologia, p. 17.

8 O Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, p. 1182.

 

Pr. Miguel Munhós | Curitiba, 08/12/2019

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *