Historicamente, a IPB pertence à família das igrejas reformadas ao redor do mundo. Suas origens mais remotas encontram-se nas reformas protestantes suíça e escocesa, no século 16.

            Em doze de agosto de 1859, desembarcou no Rio de Janeiro o primeiro missionário presbiteriano, o norte-americano ASHBEL GREEN SIMONTON, dando início aos 8 anos do seu ministério. Jovem, com apenas 26 anos, recém formado no Seminário Teológico de Princenton (Nova Jersey), atendendo ao chamado do Espírito Santo e no cumprimento da ordem de Jesus, Simonton empreende a grande aventura da sua vida; o que para ele era realização total das aspirações da nobre alma cristã que tanta se preocupava com a salvação dos brasileiros.

A coragem de certas pessoas as vezes nos causa espanto: deixar sua pátria, parentes, amigos e se lançar para uma terra longínqua, totalmente estranha como o Brasil de então (Gn 12:1-2).

Mas Simonton partiu para um país distante, e de língua desconhecida para ele, porém crendo absolutamente na companhia do melhor amigo, Cristo, que jamais o desampararia. Nada pode vencer a tenacidade daqueles que já provaram que Deus é bom e que se contentam plenamente em entregar a Ele a direção do futuro. Alguns crêem de um modo genérico que Deus proverá; poucos acreditam que Ele proverá tudo de que eles realmente necessitam; são raros os que caminham certos de que Deus proverá na Sua hora e raríssimo os que já se tornaram parte integrante da fé a certeza de que a hora de Deus é a melhor hora. Esse é um dos segredos do manancial de forças que nunca se esgotam, para aqueles que crêem.

Assim, cheio de vigor, fé e entusiasmo, Simonton lança-se a luta da evangelização do Brasil. Com um ministério curto, de apenas oito anos, ele conseguiu organizar uma Escola Dominical, uma Igreja, um Jornal, um Seminário, um Presbitério e escrever uma série de sermões e poesias em português. Nesse curto período, Simonton ajudado por outros que vieram após ele (como Blackford, Chamberlaim e Schneider) lançou a semente da Igreja Presbiteriana do Brasil que germinou e cresceu.

Simonton, com sua personalidade irrequieta e a preocupação constante com a salvação dos brasileiros deu um ritmo acelerado na realização dos seus ideais, como se antevisse que seus anos de vida seriam tão poucos, pois aos 34 anos partiu para a eternidade onde ouviu do Senhor: “Vinde bendito do meu Pai”.

Partiu sereno confiando plenamente na continuidade da obra que iniciara, pois a ele coubera apenas plantar, o Senhor da ceara enviaria outros para colher os frutos de seu labor, como bem demonstram suas últimas palavras: “Deus levantará alguém para preencher o meu lugar”.