Batalha Espiritual 1 Batalha Espiritial

19, fev, 2020 | Uncategorized

Batalha Espiritual

Batalha Espiritual

Introdução

Orando e pesquisando sobre o assunto resolvi anotar alguns textos bíblicos e comentários que acho importante para estarmos mais informados sobre a Batalha Espiritual, pois o assunto é bíblico, e querendo ou não estamos no campo de batalha.
Sabendo que há três aspectos na Batalha Espiritual: Mundo (estrutura injusta, pecaminosa e corrupta – I Jo 5:19), Carne (tendência adâmica – Gl 5:16 e 17) e Diabo (inimigo dos cristãos – I Pe 5:8); delimitaremos nos aspectos mais importantes a respeito da atuação do diabo, destacando seus ataques, como também, apresentaremos as informações essenciais a respeito do texto de Efésios 6:10-20, com ênfase na “armadura de Deus para família cristã”, já que essa precisa estar atenta para não conceder oportunidades (lugar, espaço, brechas) para o diabo atuar – Ef 4:27.
Que o Senhor da Igreja nos conceda a bênção de estudarmos mais um assunto importantíssimo para a nossa vida cristã, nos despertando para um maior compromisso com Ele e seu Reino.

I- Concepções perigosas:

1.1- Não acredita na existência do inimigo:

– Acham que é invenção humana, folclore ou mito.
– A Bíblia ensina que o inimigo existe: Deus criou os anjos (eleitos e não eleitos – I Tm 5:21); acreditamos que houve rebelião no céu (Is 14:12; II Pe 2:4; Jd 6).
– Atuando no mundo: Pecado Original (Gn 3: 1- 7); atormentou o rei Saul (I Sm 16:14); tentou o Senhor Jesus (Mt 4:1-11); usou Judas Iscariotes para trair Jesus (Jo 13:2); exemplos de exorcismos realizados por Jesus e os apóstolos (Mc 5:1-14; At 13:9 e 10; At 16:16-18).
Consideremos algumas expressões que destacam mais especificamente o caráter e atividades do inimigo¹:
– Satanás (Lc 10:18): hebraico – SÃTÃN; grego Satanas. Basicamente significa “adversário”.
– Diabo (Ap 12:12): acusador, difamador e maldizente.
– Demônios (1 Co 10:20).
– Pai da mentira (Jo 8:44).
– Espírito imundo (Lc 8:29).
– Belzebu (Lc 11:15): Baal-Zebube – “senhor das moscas”.
– Tentador (1 Ts 3:5).
– Serpente (2 Co 11:3). “Uma das características de Satanás é que ele não anuncia o destino do caminho que recomenda nem revela as consequências das prazerosas atividades que promove” – Russel Shedd.
– Maligno (1 Jo 5:19). “Salienta claramente a perversidade total deste espírito corrompido”.
– Abadom ou Apolion (Ap 9:11): Destruidor.
– Príncipe deste mundo (Jo 12:31; 16:11).
– Príncipe da Potestade do Ar (Ef 2:2).
– Grande dragão (Ap 20:2). Inspira terror como um monstro feroz.
– Leão que ruge (1 Pe 5:8).
– deus deste século (2 Co 4:4).
Em relação a expressão “Lúcifer”: portador da luz.

Os pais da igreja como Jerônimo e Tertuliano consideraram que este versículo (Is 14:12) se referia ao diabo, e daí, o nome Lúcifer (estrela da manhã) lhe foi atribuído. Lutero e Calvino rejeitaram ambos esta ideia como erro grosseiro, e em certo sentido, com razão. Assim mesmo, há um elemento de verdade nisso tudo: mediante a sua auto deificação, o rei de Babilônia é imitador do diabo e um tipo do anticristo (Dn 11:36; 2 Ts 2:4); portanto, a sua humilhação é também um exemplo da queda de Satanás da posição de poder que ele usurpou (Lc 10:18; Ap 12:9)².

O Pr. Miguel indica o vídeo chamado “Lúcifer não é o nome de Satanás”. O conteúdo é opinião do Rev. Leandro Antônio de Lima – <https://www.youtube.com/watch?v=nxIjwCaedcs>

1.2- Subestima seus ataques:

– Muitos até acreditam na existência do mal, no entanto, não se interessam pelo assunto e muito menos se preparam para atuar como crentes – “soldados de Cristo”.
– Ele é fonte de ódio, de violência, é mentiroso, acusador (Jó 2 e 3; Zc 3:1), provedor de estruturas pecaminosas e corruptas.
– Ataca áreas fracas e fortes dos cristãos – poder, dinheiro, sexo, ministérios, dons, família etc.
– Usa vários meios: pessoas (Pedro foi instrumento para tentar Jesus – Mt 16:21-23), doutrinas hereges (I Tm 4:1), meios de comunicação (implantando ideias contrárias as Escrituras Sagradas: homossexualismo e adultério), governos, músicas e outros.
– Os anticristos frequentam as igrejas visíveis – I Jo 2:18 e 19. Obviamente que não são convertidos. O diabo semeia “joio” entre os verdadeiros crentes – Mt 13:25.
– Tira a semente semeada nos corações – Mc 4:15.
– Satanás é enganador e se transforma em anjo de luz – II Co 11:14 e Mt 7:21-23.
– A família de Davi sofreu devido o seu adultério – II Sm 11:1-5.
1.3- Credita superpoderes a ele(s):
– Acham que tudo é obra maligna: arroz queima na panela; brigas entre os familiares; “amarra o diabo”, mas não amarra a língua; “amarra o diabo”, mas não trabalha o temperamento.
– Espíritos territoriais; diabo em todos os lugares. Não podemos nos basear em experiências para instituir doutrinas.
– O Pr. Miguel, antes de converter, acreditava que os demônios podem estar em dois lugares ao mesmo tempo. Ainda bem que o Pr. Miguel foi alcançado pela graça de Deus e não acredita mais nessas heresias, pois só Deus é Onipresente.
– Ele atua segundo os propósitos de Deus, como lemos em Jó, I Ts 2:18 e II co 12:7-10. Ele está “nas rédeas do Senhor”.
– Crentes (convertidos) não ficam possessos já que pertencem ao Espírito Santo –
I Co 6:19 e Lc 11:24-26.
– Tiago ensina que os demônios tremem diante do Senhor – Tg 2:19.
– Jesus disse que viu Satanás caindo do céu como relâmpago – Lc 10:18.
– Satanás e seus auxiliares já estão condenados – Ap 20:10.
– Poderes a objetos inanimados.
– Confundir tentação, opressão, possessão e depressão.
Muitos cristãos não acreditam em possessão, mesmo lendo os relatos bíblicos e sabendo de experiências contemporâneas. Outros exageram e defendem que as doenças, sem exceção, são provocadas pelos demônios, e por isso, para a pessoa ser curada é necessário passar por uma sessão de exorcismo.
Sabemos que considerável número de pessoas curadas por Jesus dizia-se estar possessas de demônios (Mt 4:24; 8:16; Mc 1:24, 32, 34; 3:11 e 12; Lc 4:41; 6:18), no entanto, outras não estavam possuídas como é o caso dos dez leprosos curados pelo Mestre.

II- Comentários gerais do texto bíblico de Efésios 6:10-20:

Para facilitar o estudo dividiremos em duas partes o texto citado:

2.1- Convocação Geral (Efésios 6:10-13):

O apóstolo Paulo exorta os leitores a usarem toda a armadura de Deus para resistir no “dia mau”.

É uma convocação à batalha. É como se Paulo tomasse a Igreja pelos ombros, sacudindo-a, e disseste: ‘acorda, nós estamos envolvidos num combate, existe uma luta sendo travada neste momento e precisamos estar alertas³.

– “Fortalecidos“ (Ef 6:10): indica que os cristãos não podem se fortalecer sozinho, dependem totalmente do Senhor para receberem forças e vencerem as tentações.
– “Ficar Firmes” (Ef 6:11): ideia de resistência contra as oposições, nesse caso contra os ataques do inimigo.
– “Sangue e carne” (Ef 6:12): Na opinião do Reformador João Calvino “carne e sangue” quer dizer “homens”, os quais são assim nomeados para contrastá-los como os assaltantes espirituais. É como se dissesse: “Nossa luta não é corporal”.
– “Principados e potestades” (Ef 6:12): refere ao exército do diabo e demônios. Principados: território, estado, lugar cujo soberano é um príncipe; Potestades: potência, poder.
A Bíblia Viva apresenta a seguinte versão para o texto sobre Efésios 6:12: “Porque nós não estamos lutando contra gente feita de carne e sangue, mas contra pessoas sem corpo – os reis malignos do mundo invisível, esses poderosos seres satânicos e grandes príncipes malignos das trevas que governam este mundo; e contra um número tremendo de maus espíritos no mundo espiritual”.
– “Dominadores deste mundo tenebroso” (Ef 6:12): seres poderosos e malignos das trevas.
– “Nas regiões celestes” (Ef 6:12).
“É o mundo espiritual que, após a morte e ressurreição de Cristo, fornece abrigo e ambiente separados do mundo visível. Esta expressão só se encontra em Efésios (1:3; 1:20; 2:6; 3:10; e 6:12). Nos dois últimos versos é a esfera da operação demoníaca, e está diretamente ligada à frase ‘em Cristo’, expressão chave de toda a epistola”⁵.
– “Portanto”: no texto comunica uma convocação urgente para usarmos a armadura.
– “Dia mau” (Ef 6:13): uma época (ou épocas) dificílima que experimentamos no decorrer da nossa história, principalmente quando somos tentados a negar nossa fé. “Ele via além do visível, enxergava um combate que se travava além da vista humana. Por detrás de todas as dificuldades colocadas em seu caminho estava um inimigo muito mais poderoso do que Nero e suas legiões”.

2.1- Convocação Geral (Efésios 6:10-13):

Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, faz uma descrição detalhada da armadura completa do cristão, como ele deve se preparar para esse embate e quais as peças da armadura que ele tem de ter sobre si.
-“Oração” (Ef 6:18):

A oração não pode ser bem descrita como parte da armadura, mas ao descrever-se o equipamento cristão para o conflito não se pode deixar de incluir referência à oração. O particípio presente ‘orando’ pode, de fato, ser entendido junto com todas as ordens precedentes. As diferentes partes da armadura foram descritas; e na realidade o apóstolo diria ‘vesti cada peça com oração’, e então continuai ainda em ‘toda oração e súplica (….). A prisão traz sempre consigo a tentação que lhe é própria e especial de levar o homem a ceder ou dobrar-se de medo, perante outro homem. E tem uma responsabilidade que é um privilégio os quais continuariam seus enquanto vivesse. E Ele sabe como ‘cumpre falar’, para dar testemunho do evangelho. Portanto, reitera o pedido para que orem a fim de que ‘seja ousado para falar”.

– “No Espírito” (Ef 6:18): entendemos que é orar segundo a vontade de Deus.
– Notamos no texto de Ef 6:19 que Paulo pede oração, pois sabia do desafio de evangelizar e da necessidade que temos da proteção do Senhor.
– “Embaixador em cadeias” (Ef 6:20): O apóstolo estava preso quando escreveu essa carta – Ef 3:1 e 4:1.
“O tema da batalha nessa passagem termina com uma convocação urgente de oração militante em favor de todos os crentes e em favor do ministério de Paulo”.
III- Partes essenciais da armadura que Deus concede para a família resistir no “dia mau”:
O apóstolo Paulo “combina as armas de um soldado romano de infantaria com algumas representações do A. T., ou do Messias, como um guerreiro. Formidavelmente, o que é dito de Deus e do Messias no A. T. é atribuído aos crentes”.

III- Partes essenciais da armadura que Deus concede para a família resistir no “dia mau”:

– “No Espírito” (Ef 6:18): entendemos que é orar segundo a vontade de Deus.
– Notamos no texto de Ef 6:19 que Paulo pede oração, pois sabia do desafio de evangelizar e da necessidade que temos da proteção do Senhor.
– “Embaixador em cadeias” (Ef 6:20): O apóstolo estava preso quando escreveu essa carta – Ef 3:1 e 4:1.
“O tema da batalha nessa passagem termina com uma convocação urgente de oração militante em favor de todos os crentes e em favor do ministério de Paulo”.
III- Partes essenciais da armadura que Deus concede para a família resistir no “dia mau”:
O apóstolo Paulo “combina as armas de um soldado romano de infantaria com algumas representações do A. T., ou do Messias, como um guerreiro. Formidavelmente, o que é dito de Deus e do Messias no A. T. é atribuído aos crentes”.

O escritor Augustus Nicodemus Lopes disse:

A mente de Paulo vivia imersa nas Escrituras do A. T., não só nos seus ensinamentos, como também na sua linguagem e figuras. Isaías 59:16-19 é uma passagem em que Deus é descrito como um guerreiro celestial. A linguagem é bastante semelhante à usada por Paulo. (…) aqui, Isaías descreve Jeová como um guerreiro celestial que toma sua armadura e vem guerrear para vingar o seu povo, protegê-lo, fazer justiça e executar juízo sobre a terra. Essa linguagem reflete um tema central do A. T.¹

1ª) Cingir com a verdade (Ef 6:14 a):

– As peças são de origem celestial.
– Podemos considerar como roupa íntima. “Esse cinto de couro que o soldado romano colocava era a primeira e mais importante peça de seu equipamento”.
– Cinto para proteger o baixo abdômen, rins, lombo, ventre. Sustentava a espada e prendia as roupas; trazia mais liberdade de movimentos para o usuário. “A verdade de Deus será como um cinto bem ajustado em sua cintura”.
– É importante cingir nossa vida com a verdade no sentido de integridade, pois o diabo é o pai da mentira (Jo 8:44). Mas temos que entender que no texto em estudo Paulo destaca “à verdade de Deus, à verdade do Evangelho (Jo 14: 6), à sã doutrina, sem erros nem mentiras – como também já havia se referido em Ef 4:14 e 15, onde o conceito de verdade aparece em contraste a ventos de doutrinas. Firmadas na verdade revelada de Deus, nas doutrinas puras do Evangelho, a Igreja estará pronta para o combate”¹¹.

2ª) Vestir com a Couraça da justiça (Ef 6:14 b):

– “A ordem em que as peças da armadura são descritas é a mesma em que o soldado as vestia”.
– Peça da armadura que se usava sobre o peito do militar, protegia os pulmões, coração e esôfago.
– É a justificação que temos através do sangue de Cristo.
– “Negligenciar quanto ao que sabemos ser uma ação justa é como deixar um buraco aberto em nossa armadura”.
– Muitos querem ser justificados baseados nas obras sociais ou da Lei, esquecem que Jesus nos substituiu na cruz do calvário. Estamos protegidos porque Jesus nos concedeu a segurança e nenhum ataque espiritual por parte do diabo pode nos derrubar (cair da graça), porque não há mais condenação (Rm 8:1 e 33).
– Justiça: “boa consciência diante de Deus e dos homens. Mas não se deve imaginar que a justiça praticada pelo homem pode resistir à ofensiva satânica com a mesma eficiência que a justificação pela fé, que recebemos de Deus”.
– O diabo usa pessoas e situações para nos lembrar de pecados que Deus já perdoou.
– Quem está usando sabe muito bem diferenciar o que é justo do injusto, evitando o partidarismo de amizade e família.
No versículo 18 notamos algo que deve acompanhar constantemente o revestir e viver com a armadura: a oração. Porque estamos em batalha espiritual.
É importante lembrarmos que a figura de um soldado é aplicada aos cristãos. Não podemos permitir que entre as peças ou partes da armadura fiquem alguns espaços, pois seria o suficiente para o diabo nos atingir.

3ª) Calçar os pés com a preparação do evangelho da paz (6: 15):

– Os soldados romanos tinham cravos na sola das sandálias para se manterem firmes, parecida com chuteiras de futebol. Também para proteger os pés por causa dos objetos pontiagudos que os inimigos colocavam para feri-los.
O significado de que o conhecimento e a dependência do evangelho, pelo qual o homem obtém paz em seu coração e vida, é um equipamento necessário.

 

As palavras usadas dão ideias de que o estado de guerra não descreve de maneira completa o trabalho do crente, ele é também um mensageiro com boas novas. Ele luta contra o mal de dentro e de fora de si, mas com este propósito, o de afastar tudo o que o estiver impedindo de levar o evangelho da reconciliação e da paz ao mundo”¹².

– Concede convicção para nossa fé, e ao mesmo tempo, paz emocional ao anunciar o Evangelho. Não basta somente a ideia de paz, a Bíblia diz que o “Príncipe da Paz” é Cristo (Is 9:6). Não encontramos paz “permanente e profunda” em locais preparados e decorados (salas e luzes). Ambientes naturais (florestas, flores e cânticos de pássaros).
– Pés calçados, preparados (equipados) para levar o Evangelho. Imagino missionários em terras estranhas, pois é sempre um desafio anunciar o Evangelho, seja em contextos civilizados ou mais hostis. Obviamente que há locais dificílimos devido à intolerância religiosa.
– É bom recordarmos que muitos soldados que se tornaram cristãos ajudaram na divulgação do Evangelho (Lc 3:14).

Eu a interpreto como sendo o efeito do evangelho, para que nos desfaçamos de muitos obstáculos e sejamos preparados tanto para a jornada quanto para a batalha. Somos, por natureza, morosos e apáticos. Demais, uma via íngreme e ruim, contendo muitos obstáculos, retarda nossa chegada, e somos desencorajados pelas ínfimas oposições. Nesses registros, Paulo apresenta o evangelho como o melhor instrumento para empreender e levar a cabo a expedição¹³.

4ª) O escudo da fé (6: 16):

– Escudo de madeira revestido com couro de animal, que era molhado antes da batalha, para evitar que os dardos inflamados ferissem; era usado para incendiar plantações e destruir fortalezas. Ele não somente era agudo e penetrante, mas também ardente.
– Paulo usou a palavra SEMPRE; não é de vez em quando; ele nunca deve ser largado! Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11:6).
– Os dardos podem ser situações que geram problemas conjugais, inimizades, setas de impureza, egoísmo, intimidação através de estratégias etc.

Paulo sabia que as ciladas do diabo incluíam esses dardos inflamados, a saber, as línguas dos homens que agem como flechas, as setas de impureza, egoísmo, dúvida, medo, desapontamento, que são planejadas pelo inimigo com o intuito de queimar e destruir. O apóstolo sabia que somente a dependência de fé em Deus podia debelar e anular o efeito de tais armas, sempre que fossem atiradas no cristão¹⁴.

– Temos dúvidas sobre algumas doutrinas que realmente são difíceis de entender, como também, difíceis de aceitar, como é o caso da “predestinação”. Porém, não pode haver dúvida se realmente estamos salvos. Temos que ter convicção: estamos com Jesus! Fomos transformados! Aleluias!
– É crermos que Deus é maior que nossas lutas; entender que por mais que o diabo ataque e faça barulho, que o inferno estremeça, mesmo assim ele continua nas rédeas de Deus. Exemplo clássico é a experiência de Jó.
– Depois da experiência da transfiguração Jesus desceu do monte e se deparou com uma situação delicada, pois muitos discípulos não tinham êxito em um exorcismo por falta de fé (Lc 9:37 – 43).
É importante lembrarmos que a figura de um soldado é aplicada aos cristãos.
Não podemos permitir que entre as peças ou partes da armadura fiquem alguns espaços, pois seria o suficiente para o diabo nos atingir.

5ª) O capacete da salvação (6: 17 a):

– Couro grosso ou de metal; muitos eram desenhados para proteger a cabeça de flechas e espadas. É preciso enfatizar que a cabeça exige proteção especial, porque um ferimento pode causar morte rapidamente. “O capacete transmite a segurança do resgate efetuado por Cristo na cruz por nós, mas também garante a transformação completa na vinda do Salvador. A certeza do perdão de Deus e a plena certeza da esperança fortalece o cristão contra os ataques de Satanás”.
– Podemos ser atingidos, mas não mortos, porque pertencemos a Jesus e ninguém pode nos arrebatar das suas mãos.
– O Pr. Miguel testemunha que passou a valorizar mais o aspecto saúde mental depois que participou de exorcismos, pois é horrível uma pessoa estar tomada por demônios.
– Precisamos cuidar da parte física, mas não podemos esquecer a parte mental, pois muitas enfermidades têm atingido as pessoas. Em muitos casos, infelizmente, devido ao preconceito ou desleixo não procuram ajuda.
– Podemos citar as palavras do apóstolo Paulo na Epístola aos Romanos que é importantíssimo no que diz respeito aos cultos – seja pessoal ou coletivo: “Culto Racional” (Rm 12:1).
– Estamos em campo de batalha! Não dá para o cristão ficar descuidado ou perdido na guerra, porque vai ser atingido! No casamento, na família, na vida pessoal, no trabalho, nas amizades etc.
– Lembrando que o texto fala de “capacete” e não de “toca de dormir” como muitos cristãos estão usando.

6ª) A espada do Espírito (6: 17 b):

– O soldado romano usava na cintura para conflitos corpo a corpo. “A única arma ofensiva no arsenal do crente é comparada com a espada romana, curta e desenhada para o combate corpo a corpo”¹.
– Não é só dizer que é cristão e não conhecer a Bíblia, decorar, e não conhecer a história da salvação do homem. “Não é pelo conhecimento intelectual da Bíblia que o cristão vence, mas pela vivência da Palavra no poder do Espírito Santo”.
– Os Reformadores se preocuparam em deixar acessível à Bíblia ao povo, porque sabiam da importância da Palavra na luta. Sem a Palavra ficava difícil vencer.
– Jesus é o maior exemplo no uso das Escrituras Sagradas. Lógico que só tinha o A. T. Hoje temos a Revelação completa.
– Ilustração: Diácono que só pensava em NOVA ERA, esquecendo de anunciar o verdadeiro Evangelho. Hoje, infelizmente, adulterou. Mudou de igreja e agora fala mal da IPB.
– Creio que hoje poderíamos lembrar que a Bíblia narra várias promessas que o Senhor prometeu em nos guardar e amparar contra o ataque do inimigo. Também, quando pessoas querem nos levar para “maus caminhos”, devemos lembrar que a Bíblia fala de um caminho mais excelente.
No versículo 18 notamos algo que deve acompanhar constantemente o revestir e viver com a armadura: a oração. Porque estamos em batalha espiritual.

IV- Precisamos de convicção para atuarmos como soldados de Cristo:

– Convertido: para sermos libertos completamente do império das trevas precisamos “nascer de novo” (Jo 3:3). Essa nova vida em Cristo Jesus nos garante que fomos libertos das forças malignas, não mais andando segundo o príncipe das potestades do ar (Ef 2:2), mas assentados nos lugares celestiais, em Cristo Jesus (Ef 1:3).
– Crer que o sacrifício de Jesus é suficiente para nos reconciliar com o Senhor.
– Conhecer o assunto (I Jo 2:13): o que estamos procurando realizar nessa pesquisa.
– Manter a unidade: uma das brechas que o povo de Deus deixa é alimentar o ódio, rancor e falta de perdão.
– Santidade: vida consagrada ao Senhor.
– Coragem: Deus não nos concedeu espírito de covardia, mas de ousadia. Sendo necessário exercer nossa autoridade e expulsar demônios, libertando o oprimindo em nome de Jesus Cristo! Ele concedeu autoridade aos 12 (Lc 9:1); aos setenta (Lc 10:17); e entendemos que a todos os cristãos (Mc 16:17).
Como disse certo escritor: “Saiba que, na batalha espiritual, nós não temos que vencer os principados e as potestades porque eles já estão vencidos! Temos que reclamar a vitória de Jesus. Muita gente querendo vencer e lutar a batalha de novo. A batalha já está vencida. A rigor, a batalha já se deu. Hoje, nós estamos afirmando a vitória de Jesus”.

V- Alertas para não cairmos nas emboscadas sutis do inimigo:

– Temos que lembrar que Satanás é o patrocinador do ódio.
– Seu objetivo é tentar mudar os planos de Deus: notamos esse fato desde o Antigo Testamento (Gn 3;Jd 9); tentou afastar Jesus da cruz (Mt 4:1-11); prejudicar a Igreja (At 5:3; I Ts 2:18); acabar com os cristãos (I Pe 5:8).
– Não somos tentados além das nossas forças (I Co 10:13).
– Precisamos resistir (I Pe 5:9 e Tg 4:7).
– Não conceder oportunidades (Ef 4:27 e I Jo 3:8).
– Muitos enfatizam o exorcismo e se esconde nessa prática para conviverem com os cristãos (Mt 7:21-23).
– Amarra o espírito da fome e da miséria, mas não faz nada para ajudar os famintos.
– Amarra o espírito da prostituição, mas não evangeliza as prostitutas.
– Amarra o espírito de corrupção do cenário político, mas vota nos candidatos corruptos.
– Deixa aberta a Bíblia no Sl 91 e não crê fielmente como o Salmista. que a Bíblia fala de um caminho mais excelente.
No versículo 18 notamos algo que deve acompanhar constantemente o revestir e viver com a armadura: a oração. Porque estamos em batalha espiritual.

A cautela em entender o cenário mundial é importante, porque se nossa espiritualidade nos convence que o diabo é mais ativo no mundo que o Espírito Santo, estamos espiritualmente enfermos, pois não estamos compreendendo os propósitos soberanos de Deus. Alguém disse que o “diabo age na história, mas não é o Senhor da história”.
– Alegrarmos porque o nosso nome está escrito no livro da vida (Lc 10:17-20) e não porque os demônios nos submetem.
– Vários praticantes das trevas continuam com atos e cerimônias absurdas, sendo que tais já foram condenadas pelo Senhor (Dt 32:17 e 1 Co 10:20).
– Lembrar que na opinião de Paulo a pessoa que sai da igreja e vai para o mundo está servindo a Satanás (I Co 5:5).
Jesus Cristo ensinou que o fogo eterno foi preparado para o diabo e seus anjos (MT 25:41). Os apóstolos Paulo, João e o autor da epístola aos Hebreus (Hb 2:14) também ensinaram esse fato (Rm 16:20 e I Jo 3:8).

Considerações Finais

Cremos que alcançamos nosso propósito ao comentarmos sobre Batalha Espiritual na Família. Esperamos que não ficarmos somente no papel ou guardando nossa armadura nos “cabides e armários” da nossa história. Mas que possamos levar a sério nossa participação no Reino de Deus, como “soldados” obedientes e ousados.

Você já imaginou estar na guerra sem essa armadura? Não podemos deixá-la frouxa, má ajustada, espada enferrujada, escudo pelo chão (fé)! “Não existe sequer um homem que não está na obrigação de ser um soldado de Cristo. Mas quem pode lutar desarmado e indefeso?”¹

Fontes

BIBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA, João Ferreira de Almeida, Ed. Revista e Atualizada. São Paulo: CEP e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999
BIBLIA VIDA NOVA João Ferreira de Almeida, 9ª Ed. Revista e Atualizada. Brasília Vida Nova e Sociedade Bíblica do Brasil, 1998.
BUDECK, Mark L. Vencer o Adversário. São Paulo: Vida Nova, 1993.
CALVINO, João. Efésios. São Paulo: Ed. Paracletos,1998
FÁBIO, Caio. Batalha Espiritual. Niterói: VINDE, 1994
FOULKES, Francis. Efésios: Introdução e Comentário. 2ª Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1986.
LEA, Larry. As Armas da Sua Guerra. São Paulo: Vida, 1993.
LOPES, Augustus Nicodemus. O Que Você Precisa Saber Sobre Batalha Espiritual. 3ª Ed. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2001.
POWLISON, David. Confrontos de Poder. São Paulo: Vida Cristã, 1999.
SPURGEON, C.H. Batalha Espiritual. Betânia, 1992
WAGNER, C. Peter. Oração de Guerra. São Paulo: Unilit, 1992.

1 Miguel Munhós F., Apostila: Batalha Espiritual, p. 03.
2 J. Ridderbos, Isaías. Introdução e Comentário, 1990, p. 149.
3 Augusto Nicodemos Lopes, O que você precisa saber sobre Batalha Espiritual, pp. 18 e 19.
4 João Calvino, Efésios, p. 189.
5 Bíblia Vida Nova, p. 229.
6 Augusto Nicodemos Lopes, O que você precisa saber sobre Batalha Espiritual, p. 23.
7 F. Foulkes, Efésios: Introdução e Comentários, pp. 146 e 148.
8 Bíblia de Genebra, p. 1410.
9 Bíblia de Genebra, p. 1409.
10 Augusto Nicodemos Lopes, O que você precisa saber sobre Batalha Espiritual, pp. 180 e 181.
11 Idem.
12 F. Foulkes, Efésios: Introdução e Comentários, pp. 144 e 145.
13 João Calvino, Efésios, p. 193.
14 F. Foulkes, Efésios: Introdução e Comentários, p. 145.
15 Bíblia de Genebra, p. 1409.
16 João Calvino, Efésios, p. 194.

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